terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Malas e vôos

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Quando as coisas passam, com elas o tempo vai sendo arrastado como uma mala que um homem leva pra um vôo atrasado, num aeroporto qualquer. E quando vemos esse homem correndo, é quando começamos a entender que nem tudo é pra ficar, mas que tem cosias que ficam sim, que precisamos ter ainda por mais tempo, talvez até o final.
Nossa missão é encontrar aquela sensibilidade de olhar pra dentro da mala cheia, difícil de fechar, e descobrir o que é pra se deixar e o que é pra levar.
Cada novo ano é um vôo para uma nova cidade, um novo destino onde aprendemos e adquirimos coisas que colocamos nas nossas malas, dentro do nosso tempo, do nosso ser.
Na minha mala decidi deixar as angustias passadas, os desentendimentos, os tristes momentos e o medo.
Resolvi levar os amores retribuídos, uma casa cheia de amigos e minha família, uma rede pra olhar o sol se pôr enquanto escrevo um verso de uma música nova. Vou levar os sentimentos dos pequenos momentos, daqueles quase sempre tão singelos, mas que alimentam o dia a dia da gente.
Vou levar gratidão, e um coração quente pra fazer o que sempre tive em mente, os meus propósitos presentes e aqueles que não posso esquecer.
São Paulo, 31 de Dezembro de 2016.

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