segunda-feira, 27 de junho de 2011


Por favor. Pare de chover. Por favor. Eu preciso continuar meu caminho. Eu preciso de um mundo feito de cores, e não apenas do preto e branco que essa chuva trouxe. Quem pode parar essa chuva? Eu não posso ir mais rápido. Tenho que parar. Enquanto chove, meu mundo para. E quando chove, meu mundo cessa. Eu tento me concentrar nesse caminho de pedras, e cascalhos, mas eu só vejo a água que os lava, que os carrega.
Não sei mais como pedir. Porque um dia eu pedi tanto para que chovesse de novo. Eu precisava disso. Eu tive que parar. Para sentir algo. Mas agora, eu tenho que ir. Solte as minhas mãos. Pare de me prender. Pare de me cegar.
Vou caminhar… continuar cantando. Como sempre fiz. Mesmo que essa chuva continue. Meu canto será triste. Será junto ao tempo. Junto às nuvens escuras e densas. Até que o sol apareça!
Um poeta não vive só de chuva!