segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Continuarei amando


Eu insisti, tentei, até te escrevi e cantei. Gritei seu nome aos travesseiros. Me desmontei pra você. Mas parece que tudo passou. Passou tão rápido quanto o vento, aquela brisa que vai, mas volta forte, tudo ao mesmo tempo.
No mesmo instante que se jogava tinha nos pés, por segurança, uma corda. Esse vai e volta não faz bem. Embrulha o estômago. Te faz refém do medo de chegar ao chão, de me encontrar e me dar a mão. Tem medo que eu te segure, medo do que pode acontecer. Medo que se misture o meu e o teu ser.
Mas descobri que odeio te amar. Odeio te amar quando você vem. Odeio te amar quando você vai. Do mesmo tanto, às vezes mais. Entendi que preciso esperar. Respirar e conseguir enxergar o meu redor e por dentro de mim. Saber onde estou, e se o que sou pode te segurar e te manter bem.
Porém, sinto que ainda haverá um dia em que te verei de perto, em que os olhos se encontrarão sem medo, sem cordas, sem peso. O encontro será explosão, vai fazer bem ao coração. Aos dois. E se não acontecer, continuarei amando.

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